sábado, 14 de setembro de 2013

APENAS MAIS UM NA MULTIDÃO


Por: Cidinha Duarte

Na multidão há um padrão, mesma forma de andar e pensar. Se pensar diferente logo se torna desajustado; se não vesti as mesmas marcas e cores da estação ditada pela moda são logo taxados de brega.
Não vejo mais gente, vejo cabide de amostras de tecidos, roupas, sapatos e rostos, seres mutilados na sua essência, meras reproduções do padrão de beleza e gestos. Frutos de bisturi e botox.
Quem resiste e não aceita entrar neste padrão é considerado produto de refugo, anormal e bizarro. As pessoas tornaram-se outdoor de marcas famosas, degustadores de um prato ácido que são obrigados pela mídia a engoli todos os dias.
O politicamente correto dita o que se deve dizer e como dizer, esta sociedade gera seres hipócritas; a sinceridade caiu em desuso; falar a verdade está fora dos padrões, mulato brejeiro e o negro é chamado afrodecendente mesmo que não tenha nenhum antepassado enterrado ou morando em África.
Padrões e nomenclaturas dados por uma sociedade hipócrita que insiste em enlatar pessoas e pensamentos; somos criados como produtos em larga escala, padrão único de comportamento e pensamento.
Pessoas impedidas de pensar, ociosas para raciocinar, presas em formatos e marcas famosas; pessoas que preferem beber um refrigerante oriundo de um desinfetante que a formula ainda hoje em mantida em secreto do que tomar uma boa cajuína feita da fruta natural, eles bebem a de que não se sabe do que é feita só porque a mídia diz que este refrigerante mata a cede e refresca.
Massa enganada, manipulada que prefere engoli o que lhe dão a buscar o que gostam; são marionetes por convicção e não reagem para não se fadigar.


   

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